Desde 2014, 741 empreendimentos foram lançados em áreas que permitem prédios até quatro vezes mais altos.
Criados pelo Plano Diretor daquele ano, que será revisado em 2021, os chamados Eixos de Estruturação da Transformação Urbana — nome técnico para os locais com grande oferta de transporte no entorno.
A ideia do instrumento urbanístico, disposto em 6% do território da capital, é preservar o miolo dos bairros e incentivar a ocupação imobiliária nas áreas mais movimentadas.
Para o engenheiro Guilherme Freitas, especialista em investimentos imobiliários e diretor da BR Work Construtora, a revisão do plano diretor traz as incorporadoras um novo cenário na competição pela urbanização da cidade de São Paulo, isso torna a cidade cada vez mais tecnológica, característica que acelera o desenvolvimento urbano. As revisões em cidades como NY, Londres, Cingapura são constantes, que a urbanização e desenvolvimento é um catalisador e quem ganha é a população.
De acordo com engenheiro, mudar os estudos de viabilidade dos grandes edifícios para os miolos dos bairros podem ser benéficos a cidade, visto que o avanço da iniciativa privada tem mais velocidade ante ao desenvolvimento da infraestrutura das grandes vias. “Caso esta perspectiva evolua, para atender o forte avanço do número de metros quadrados a serem entregues nos miolos, também incorre na atratividade comercial dos bairros, gerando mais empregos e uma melhor qualidade de vida”, afirma.
“É importante considerarmos a história da primeira cidade a possuir um plano diretor da América Latina – Nova York, em que o plano evoluiu, mas que se atendida as exigências atuais apenas 60% da cidade, estaria de acordo as exigências, seria uma cidade menos densa e alta. É necessária uma boa equipe estratégica, para saber aproveitar o ‘time’ de cada mudança. No plano diretor, as mudanças são constantes, muitas vezes benéficas, muitas vezes não. Manhattan, por exemplo, com mais de 70% foi construído entre 1900 e 1930, ou seja, as leis moldam os espaços urbanos, interpretá-las ao favor do benefício da população é fundamental para o sucesso dos empreendimentos” afirma Guilherme.
Mais sobre sobre o Engenheiro Guilherme Freitas
Guilherme Souza de Freitas: Engenheiro de Produção pela Universidade federal de Pelotas, diretor da BR Work Construtora, membro do colegiado da Alfaproj projetos industriais, com experiência na indústria pesada e investimentos imobiliários.
A BR Work é uma empresa especializada em soluções para empresas, nosso core business são obras para empresas, mas tratamos todas as soluções a nível de serviços. Sempre focado na qualidade, pensando no ganho de produtividade e aplicando tecnologia.